Paróquia Santa Luzia

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19 de out. de 2013

Evangelho e Meditação: Sábado da 28ª semana do Tempo Comum

 (Lc 12,8-12)



Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 8“Todo aquele que der testemunho de mim diante dos homens, o Filho do Homem também dará testemunho dele diante dos anjos de Deus. 9Mas aquele que me renegar diante dos homens, será negado diante dos anjos de Deus. 10Todo aquele que disser alguma coisa contra o Filho do Homem será perdoado. Mas quem blasfemar contra o Espírito Santo não será perdoado. 11Quando vos conduzirem diante das sinagogas, magistrados e autoridades, não fiqueis preocupados como ou com que vos defendereis, ou com o que direis. 12Pois, nessa hora, o Espírito Santo vos ensinará o que deveis dizer”.




Comentário do dia: São Rafael Arnaiz Baron (1911-1938), monge trapista espanhol. Escritos espirituais, 1938/04/03





«Quem der testemunho de Mim diante dos homens, o Filho do homem dará testemunho dele diante dos anjos»

Pego hoje na pena para que as minhas palavras, estampando-se na folha em branco, sirvam para louvar perpetuamente o Deus bendito, autor da minha vida, da minha alma, do meu coração. Gostaria que todo o universo, com os planetas, todos os astros e os incomensuráveis sistemas estelares, fosse uma enorme extensão, polida e brilhante, onde eu pudesse escrever o nome de Deus. Gostaria que minha voz fosse mais potente que mil trovões, mais forte do que o bramido do mar, mais terrível que o estrondo dos vulcões, apenas para dizer: Deus! Gostaria que o meu coração fosse tão grande quanto o céu, puro como o dos anjos, simples como o da pomba (Mt 10,16), para nele colocar Deus! Mas, uma vez que toda esta grandeza com que sonhas não pode tornar-se realidade, contenta-te com o pouco e contido nada que és, meu irmão Rafael, porque o próprio nada deve satisfazer-te. […] 

Porquê calar-me? Porquê escondê-lo? Porque não gritar ao mundo e publicar aos quatro ventos as maravilhas de Deus? Porque não dizer às pessoas e a todos os que querem ouvir: vedes aquilo que sou? Vedes o que fui? Vedes a minha miséria rastejando na lama? Pois pouco importa; maravilhai-vos: apesar de tudo isso, tenho Deus. Deus é meu amigo! Que o solo se afunde, e que o mar seque de espanto! Deus ama-me, a mim, com um tal amor que, se o mundo inteiro o entendesse, todas as criaturas se tornariam loucas e bradariam de assombro. E mesmo assim, seria pouco. Deus ama-me tanto, que nem os anjos o entendem!

A misericórdia de Deus é grande! Amar-me, a mim; ser meu amigo, meu irmão, meu pai, meu mestre. Ser Deus, e eu, ser o que sou! […] Como não enlouquecer; como é possível viver, comer, dormir, falar e lidar com as pessoas? […] Como é isso possível, Senhor! Eu sei; tu explicaste-me: é o milagre de tua graça.


Responsório (Sl 104)
— O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— Descendentes de Abraão, seu servidor, e filhos de Jacó, seu escolhido, ele mesmo, o Senhor, é nosso Deus, vigoram suas leis em toda a terra.
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.
— Ele lembrou-se de seu santo juramento, que fizera a Abraão, seu servidor. Fez sair com grande júbilo o seu povo, e seus eleitos, entre gritos de alegria

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