Paróquia Santa Luzia

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12 de out. de 2013

Evangelho e Meditação. 28º Domingo do Tempo Comum - Ano C

(Lc 17,11-19)




11Aconteceu que, caminhando para Jerusalém, Jesus passava entre a Samaria e a Galileia. 12Quando estava para entrar num povoado, dez leprosos vieram ao seu encontro. Pararam à distância, 13e gritaram: “Jesus, Mestre, tem compaixão de nós!”
14Ao vê-los, Jesus disse: “Ide apresentar-vos aos sacerdotes”.
Enquanto caminhavam, aconteceu que ficaram curados. 15Um deles, ao perceber que estava curado, voltou glorificando a Deus em alta voz; 16atirou-se aos pés de Jesus, com o rosto por terra, e lhe agradeceu. E este era um samaritano.
17Então Jesus lhe perguntou: “Não foram dez os curados? E os outros nove, onde estão? 18Não houve quem voltasse para dar glória a Deus, a não ser este estrangeiro?” 19E disse-lhe: “Levanta-te e vai! Tua fé te salvou”.


Comentário do dia: São Claude de la Colombière (1641-1682), jesuíta. Retiro de 1674, quarta semana (Escritos espirituais)



«Caiu aos pés de Jesus com a face em terra e agradeceu-Lhe»
Na meditação do amor de Deus, fiquei emocionado à vista dos bens que recebi de Deus desde o primeiro momento da minha vida até hoje. Que bondade! Que cuidado! Que providência para o corpo e para a alma! Que paciência! Que bondade! […] Deus fez-me penetrar, parece-me, e ver claramente esta verdade: em primeiro lugar, que está em todas as criaturas; em segundo, que é tudo o que há de bom nelas; e em terceiro, que nos faz todo o bem que recebemos delas. E pareceu-me ver este rei de glória e de majestade aplicado a aquecer-nos na roupa que vestimos, a refrescar-nos no ar que respiramos, a alimentar-nos na carne que comemos, a alegrar-nos nos sons e nos objectos agradáveis, a produzir em mim todos os movimentos necessários para viver e agir. Que maravilha!

Quem sou eu, ó meu Deus, para ser assim servido por Vós em todo o tempo, com tanta assiduidade e em todas as coisas, com tanto cuidado e amor! Sucede o mesmo com todas as outras criaturas; mas tudo isto por mim, qual intendente zelador e vigilante que manda trabalhar em todos os locais do reino para seu rei. O que é mais admirável é o facto de Deus fazer isto por todos os homens, embora quase ninguém pense nisso a não ser uma ou outra alma escolhida, uma ou outra alma santa. É preciso que pelo menos eu pense nisso, que fique reconhecido.

Imagino que, como Deus tem a sua glória como fim supremo de todas as suas acções, faz todas estas coisas principalmente pelo amor daqueles que pensam nisso e que admiram a sua bondade, que Lhe estão gratos, que aproveitam a ocasião para O amar; os outros recebem os mesmos bens como por acaso e por sorte.[…] Deus traz-nos incessantemente o ser, a vida, as acções de tudo o que criou no universo. É essa a sua ocupação na natureza; a nossa deve ser a de receber sem cessar aquilo que Ele nos envia de todos os lados, e de Lho remeter por acções de graças, louvando-O e reconhecendo que Ele é o autor de todas as coisas. Prometi a Deus fazê-lo, na medida das minhas possibilidades.


Responsório (Sl 97)
— O Senhor fez conhecer a salvação/ e às nações revelou sua justiça.
— Cantai ao Senhor Deus um canto novo,/ porque ele fez prodígios!/ Sua mão e o seu braço forte e santo/ alcançaram-lhe a vitória.
— O Senhor fez conhecer a salvação,/ e às nações, sua justiça;/ recordou o seu amor sempre fiel/ pela casa de Israel.
— Os confins do universo contemplaram/ a salvação do nosso Deus./ Aclamai o Senhor Deus, ó terra inteira,/ alegrai-vos e exultai!

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