Paróquia Santa Luzia

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24 de out. de 2013

Evangelho e Meditação: Sexta-feira da 29ª semana do Tempo Comum

Lc 12,54-59


Naquele tempo, 54Jesus dizia às multidões: “Quando vedes uma nuvem vinda do ocidente, logo dizeis que vem chuva. E assim acontece. 55Quando sentis soprar o vento do sul, logo dizeis que vai fazer calor. E assim acontece. 56Hipócritas! Vós sabeis interpretar o aspecto da terra e do céu. Como é que não sabeis interpretar o tempo presente? 57Por que não julgais por vós mesmos o que é justo?
58Quando, pois, tu vais com o teu adversário apresentar-te diante do magistrado, procura resolver o caso com ele enquanto estais a caminho. Senão ele te levará ao juiz, o juiz te entregará ao guarda, e o guarda te jogará na cadeia. 59Eu te digo: daí tu não sairás, enquanto não pagares o último centavo”.



Comentário do dia: Concílio Vaticano II. Constituição sobre a Igreja no mundo contemporâneo, «Gaudium et spes», §§ 1-2, 4, 10

Discernir os sinais dos tempos

As alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos homens de hoje, sobretudo dos pobres e de todos aqueles que sofrem, são também as alegrias e as esperanças, as tristezas e as angústias dos discípulos de Cristo; e não há realidade alguma verdadeiramente humana que não encontre eco no seu coração. Porque a sua comunidade é formada por homens que, reunidos em Cristo, são guiados pelo Espírito Santo na sua peregrinação em demanda do reino do Pai, e receberam a mensagem da salvação para a comunicar a todos. Por este motivo, a Igreja sente-se real e intimamente ligada ao gênero humano e à sua história. Por isso, o Concílio Vaticano II […] não hesita agora em dirigir a sua palavra, não já apenas aos filhos da Igreja e a quantos invocam o nome de Cristo, mas a todos os homens. […]

Para levar a cabo esta missão, é dever da Igreja investigar a todo o momento os sinais dos tempos, e interpretá-los à luz do Evangelho; para que assim possa responder, de modo adaptado em cada geração, às eternas perguntas dos homens acerca do sentido da vida presente e da futura […]. É por isso necessário conhecer e compreender o mundo em que vivemos, as suas esperanças e aspirações, e o seu carácter tantas vezes dramático. […] Marcados por circunstâncias tão complexas, muitos dos nossos contemporâneos são incapazes de discernir os valores verdadeiramente permanentes e de os harmonizar com os recém-descobertos. Daí que, agitados entre a esperança e a angústia, se sintam oprimidos pela inquietação, quando se interrogam acerca da evolução atual dos acontecimentos. Mas esta desafia o homem, força-o até a uma resposta. […]

A Igreja, pela sua parte, acredita que Jesus Cristo, morto e ressuscitado por todos, oferece aos homens pelo seu Espírito a luz e a força para poderem corresponder à sua altíssima vocação […]. Acredita também que a chave, o centro e o fim de toda a história humana se encontram no seu Senhor e mestre.


Responsório (Sl 118)
— Ensinai-me a fazer vossa vontade!
— Dai-me bom senso, retidão e sabedoria, pois tenho fé nos vossos santos mandamentos!
— Porque sois bom e realizais somente o bem, ensinai-me a fazer vossa vontade!
— Vosso amor seja um consolo para mim, conforme a vosso servo prometestes.
— Venha a mim o vosso amor e viverei, porque tenho em vossa lei o meu prazer!
— Eu jamais esquecerei vossos preceitos, por meio deles conservais a minha vida.
— Vinde salvar-me, ó Senhor, eu vos pertenço! Porque sempre procurei vossa vontade.

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