Santa Cristina
Nascida de família aldeã, em Brusthem, na diocese de Liege, cerca do ano de 1150, Cristina ficou órfã aos quinze anos. Os factos que a seu respeito narram o dominicano Tomás de Cantimpré (+ 1270) e o cardeal Tiago de Vitry não merecem grande crédito mas compõem a sua lenda.
Tomás de Cantimpré, antigo professor de Teologia em Lovaina, afirma narrar o que ouviu da boca dos que a conheceram, mas mostra-se demasiado crédulo. Quanto a Tiago de Vitry, trata-se de cronista sério que afirma ter conhecido Cristina pessoalmente. «Deus operou nela, escreve, coisas verdadeiramente maravilhosas. Já estava morta há muito tempo, mas conseguiu a graça de retomar o corpo, a fim de sofrer o seu Purgatório cá na terra. Desta forma sujeitou-se a mortificações inauditas, ora rolando-se por cima do fogo, ora permanecendo nos túmulos dos mortos. Acabou por ser favorecida com graças sublimes e gozar duma paz profunda. Muitas vezes, transportada em êxtase, levou as almas dos mortos para o Purgatório e outras vezes tirou-as do Purgatório para as levar para o Paraíso».
Cristina tinha pouco mais de vinte anos quando «morreu» pela primeira vez. Durante a missa de Requiem, levantou-se do caixão e subiu até à abóbada da igreja, tal era o desgosto que lhe causava a presença dos pecadores que assistiam às cerimônias. Logo que desceu, afirmou que tinha ido ao inferno, onde encontrara muitas pessoas conhecidas; a seguir, ao purgatório, onde ainda encontrara mais; e por fim ao paraíso, donde Deus lhe permitiu que regressasse à terra a fim de orar e sofrer pelos fiéis defuntos.
A sua existência passou-se no meio de milagres e fenômenos misteriosos. O odor do pecado repugnava-lhe por tal forma que só depois de algum tempo conseguia suportar o contacto com os seus semelhantes. Acabou os seus dias cerca do ano de 1224, no convento de Santa Catarina, em Saint-Troud, cuja superiora declarou ter sido Cristina sempre duma submissão perfeita.
S. Charbel (Sarbélio) Makhluf, presbítero, +1898
Charbel, cujo nome de batismo era José, nasceu em Buga-Kafra, povoação do Norte do Líbano, em 1828. Filho de numerosa família pobre, mas profundamente religiosa, órfão de pai em tenra idade, desde criança sentia o chamamento de Deus para a vida religiosa. Aos 20 anos entrou no mosteiro da ordem libanesa maronita em Maifuc, seguindo depois para Annaya. No noviciado recebeu o nome de Charbel, santo martirizado em Edessa, cuja festa é celebrada pelos maronitas no dia 5 de Dezembro. Foi ordenado sacerdote em 1859. No ano seguinte, por pouco escapou à horrível invasão turca, na qual morreram milhares de jovens cristãos e muitas igrejas e mosteiros foram saqueados e destruídos.
A sua vida religiosa resumia-se à prática da profissão evangélica e da austeridade, à assiduidade na oração e à obediência aos superiores. Em 1875, Charbel obteve licença para viver como eremita no ermo dos santos apóstolos Pedro e Paulo, a 1200 metros de altitude. Procurava, assim, viver na maior austeridade de vida com mais rigor ainda do que no convento. Charbel não foi pregador nem missionário. Contudo, seu eremitério era muito procurado para conselho e orientação espiritual. No dia 16 de Dezembro de 1898, no momento da elevação da hóstia e do cálice, sentiu-se arrebatado numa visão: era o fim da missa de sua vida terrena. Levada para a sua cela, estendido sobre tábuas nuas com um pedaço de madeiro por travesseiro, entrou em agonia. Exalou o seu último suspiro em 24 de Dezembro, para iniciar o seu Natal no céu.
Beato João Soreth, religioso, presbítero, +1471
Nasceu em Caen, na Normandia, no ano de 1394. Foi Mestre de Teologia, governou a Província, e em 1451 foi Prior Geral da Ordem Carmelita até à sua morte em Angers (França), no ano de 1471. Restaurou e promoveu a observância regular. Escreveu um célebre comentário sobre a Regra. Em 1462 publicou as Constituições revistas. É considerado como fundador das Ordens Segunda (monjas) e Terceira (leigos consagrados).
Santa Cristina, virgem e mártir
Aos 11 anos de idade. seu pai queria obrigá-la a abjurar sua fé, pois havia se tornado cristã. Mas a menina fez em pedaços as estatuetas dos deuses do quarto de seu pai, dando os metais aos pobres. O pai, em suma revolta, mandou que a flagelassem e fechassem-na num cárcere. Como continuasse perseverando em sua fé, seu pai, Urbano, que era oficial do Imperador, entregou-a a terríveis suplícios. No cárcere, coberta por chagas, foi consolada e curada por três anjos que lá apareceram. Como o castigo falhasse, amarraram-na em uma pedra e jogaram-na a um lago. Mas sustentada por um anjo, boiou e levou à menina à margem. O malvado pai morreu mas as torturas não acabaram. Torturaram-na com ferros em brasa, mordidas de cobras venenosas, corte dos seios, até matá-la. E assim partiu para os jardins do paraíso.
cf. www.asj.org.br
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