Paróquia Santa Luzia

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17 de jul. de 2013

Quinta-feira da 15ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mt 11,28-30)

Naquele tempo, tomou Jesus a palavra e disse: 28 “Vinde a mim todos vós que estais cansados e fatigados sob o peso dos vossos fardos, e eu vos darei descanso.
29 Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de mim, porque sou manso e humilde de coração, e vós encontrareis descanso. 30 Pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.



Comentário do dia: Papa Francisco. Homilia de 19/03/2013, Missa de inauguração do pontificado.

«Tomai sobre vós o meu jugo e aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração.»

Queridos Irmãos e Irmãs […], o centro da vocação cristã é Cristo. Guardemos Cristo na nossa vida, para guardar os outros, para guardar a criação! Entretanto, a vocação de guardião não diz respeito apenas a nós, cristãos, mas tem uma dimensão antecedente, que é simplesmente humana e diz respeito a todos: é a de guardar a criação inteira, a beleza da criação, como se diz no livro de Gênesis e nos mostrou São Francisco de Assis: é ter respeito por todas as criaturas de Deus e pelo ambiente onde vivemos. 


É guardar as pessoas, cuidar carinhosamente de todas elas e de cada uma, especialmente das crianças, dos idosos, daqueles que são mais frágeis e que muitas vezes estão na periferia do nosso coração. É cuidar uns dos outros na família: os esposos guardam-se reciprocamente, depois, como pais, cuidam dos filhos, e, com o passar do tempo, os próprios filhos tornam-se guardiões dos pais. É viver com sinceridade as amizades […]. Fundamentalmente tudo está confiado à guarda do homem, e é uma responsabilidade que nos diz respeito a todos. Sede guardiões dos dons de Deus! […]


Queria pedir, por favor, a quantos ocupam cargos de responsabilidade em âmbito econômico, político ou social, a todos os homens e mulheres de boa vontade: sejamos «guardiões» da criação, do desígnio de Deus inscrito na natureza, guardiões do outro, do ambiente; não deixemos que sinais de destruição e morte acompanhem o caminho deste nosso mundo! Mas, para «guardar», devemos também cuidar de nós mesmos. Lembremo-nos de que o ódio, a inveja, o orgulho sujam a vida; então guardar quer dizer vigiar os nossos sentimentos, o nosso coração, porque é dele que saem as boas intenções e as más: aquelas que edificam e as que destroem. Não devemos ter medo da bondade, nem mesmo da ternura!



Responsório (Sl 104,1.5-27)
— O Senhor se lembra sempre da Aliança.
— Dai graças ao Senhor, gritai seu nome, anunciai entre as nações seus grandes feitos! Lem­brai as maravilhas que ele fez, seus prodígios e as palavras de seus lábios!
— Ele sempre se recorda da Aliança, promulgada a incontáveis gerações; da Aliança que ele fez com Abraão, e do seu santo juramento a Isaac.
— Deus deu um grande crescimento a seu povo e o fez mais forte que os próprios opressores. Ele mudou seus corações para odiá-lo, e trataram com má-fé seus servidores.
— Então mandou Moisés, seu mensageiro, e igualmente Aarão, seu escolhido; por meio deles realizou muitos prodígios e, na terra do Egito, maravilhas






Beato Bartolomeu dos Mártires



Nasceu em Lisboa (na freguesia dos Mártires), em Maio de 1514 e entrou para a ordem dominicana com 14 anos apenas. Foi feito arcebispo de Braga em 1559. Entre 1561 e 1563, participou no Concílio de Trento. Resignou em 1582, tendo-se recolhido ao Convento de Santa Cruz, em Viana do Castelo, onde morreria em 1590.

Eis um excerto do discurso de João Paulo II no dia da sua beatificação:

"O Beato Bartolomeu dos Mártires, dominicano por vocação e ideal de vida, ardia de zelo pela causa de Deus, que é a salvação dos homens, iluminando-lhes o caminho com o Evangelho. Fiel à norma apostólica, "entrega-se assiduamente à oração e ao serviço da palavra" (cf. At 6, 4), arrastando consigo o clero: promove a sua formação permanente, ao seu alcance poe meios para pregar ao povo e funda o Seminário para preparar dignamente os futuros sacerdotes.

O Seminário era apenas uma das medidas da reforma preconizada pelo Concílio de Trento, a cuja realização o Beato Arcebispo se consagrou de alma e coração, não sem obstáculos, alguns com ressonância em Roma. O Papa Pio IV assim respondeu, falando de Dom Frei Bartolomeu: "Tal satisfação nos deu, no tempo que participou no Concílio, com a sua bondade, religião e devoção, que o ficamos tendo em grande conta, com tamanho conceito da sua honra e virtude que não poderão alterá-lo queixumes de ninguém" (Carta ao rei de Portugal, Cardeal Dom Henrique). Ontem pude assinalar, com o ato da sua beatificação, estes sentimentos do meu Predecessor.

Saúdo a Igreja de Lisboa, que lhe deu o berço, e a de Viana do Castelo, que o acolheu nos seus últimos anos e conserva a relíquia venerável do seu corpo; saúdo a Arquiodiocese bracarense na sua extensão de então e Portugal inteiro, que ele serviu e amou, sobretudo na pessoa dos pobres."

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