Paróquia Santa Luzia

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22 de jul. de 2013

16ª Semana Comum – Terça-feira

Evangelho (Mt 12,46-50)

Naquele tempo, 46 enquanto Jesus estava falando às multidões, sua mãe e seus irmãos ficaram do lado de fora, procurando falar com ele. 47 Alguém disse a Jesus: “Olha! Tua mãe e teus irmãos estão aí fora, e querem falar contigo”. 48 Jesus pergun­tou àquele que tinha falado: “Quem é minha mãe, e quem são meus irmãos?” 49 E, estendendo a mão para os discípulos, Jesus disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. 50 Pois todo aquele que faz a vontade do meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão, minha irmã e minha mãe”.


Meditação do dia feita por: Fernando F. Carvajal. Site Falar com Deus


A nossa união com Cristo é mais forte do que qualquer vínculo humano. Os laços que resultam do seguimento do Senhor num mesmo caminho são mais fortes que os do sangue.

O EVANGELHO DA MISSA mostra‑nos Jesus ocupado uma vez mais em pregar. Encontra‑se numa casa tão abarrotada de gente que a sua Mãe e outros parentes não podem chegar até Ele e mandam‑lhe um recado. Alguém disse‑lhe: a tua mãe e os teus irmãos estão ali fora e procuram‑te. Ele, porém, estendeu a mão para os discípulos e disse‑lhes: Eis a minha mãe e os meus irmãos. Porque todo aquele que faz a vontade de meu Pai, que está nos céus, esse é meu irmão e irmã e mãe.

Noutra ocasião, uma mulher do povo, ao escutar as palavras cheias de vida de Jesus, exclamou em louvor de Maria: Bem‑aventurado o ventre que te trouxe e os peitos que te amamentaram. Mas o Senhor deu a impressão de querer rejeitar o louvor dessa mulher, e respondeu: Antes bem‑aventurados aqueles que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática.

O Papa João Paulo II relaciona estas duas cenas com a resposta que Jesus deu a Maria e a José quando o encontraram em Jerusalém, à idade de doze anos, depois de uma busca aflita durante três dias. Naquela ocasião, Jesus disse‑lhes, com um amor sem limites e com uma clareza total: Por que me buscáveis? Não sabíeis que devo ocupar‑me nas coisas de meu Pai? Desde o começo, Jesus dedicou‑se às coisas de seu Pai. Anunciava o Reino de Deus e, à sua passagem, todas as coisas alcançavam um novo sentido; entre elas, o parentesco. “Nesta nova dimensão, também um vínculo como o da «fraternidade» significa uma coisa diversa da «fraternidade segundo a carne», que provém da origem comum dos mesmos pais. E mesmo a «maternidade» [...] alcança um outro sentido”, mais profundo e mais íntimo.

O Senhor ensina‑nos repetidamente que, por cima de qualquer vínculo e autoridade humana, mesmo a familiar, está o dever de cumprir a vontade de Deus, as exigências da vocação a que cada qual foi chamado. Diz‑nos que segui‑lo de perto pela fidelidade à vocação significa compartilhar a sua vida em tal grau de intimidade que daí resulta um vínculo mais forte que o familiar. São Tomás explica‑o dizendo que “todo o fiel que cumpre a vontade do Pai, isto é, que lhe obedece, é irmão de Cristo, porque é semelhante Àquele que cumpriu a vontade do Pai. E quem não se limita a obedecer, mas também converte outras pessoas, gera Cristo neles, e assim chega a ser como a Mãe de Cristo”.

O vínculo que deriva de se ter o mesmo sangue é muito forte, mas aquele que resulta de se seguir o Senhor por um mesmo caminho é mais forte ainda. Não há nenhuma relação humana, por mais estreita que seja, que se assemelhe à nossa união com Jesus e com aqueles que o seguem.



Responsório (Êx 15)
— Ao Senhor quero cantar, pois fez brilhar a sua glória!
— Ao soprar a vossa ira amontoaram-se as águas, levantaram-se as ondas e formaram uma muralha, e imóveis se fizeram, em meio ao mar, as grandes vagas.
— O inimigo tinha dito: “Hei de segui-los e alcançá-los! Repartirei seus despojos e minh’alma saciarei; arrancarei da minha espada e minha mão os matará!”
— Mas soprou o vosso vento, e o mar os recobriu; afundaram como chumbo entre as águas agitadas. Estendestes vossa mão, e a terra os devorou.
— Vós, Senhor, o levareis e o plantareis em vosso Monte, no lugar que preparastes para a vossa habitação, no Santuário construído pelas vossas próprias mãos.

Um comentário:

  1. A paz de Jesus, querido Padre
    sua benção!!
    Cada manhâ em que entro neste blog e aqui posso fazer meu momento de oração pessoal, fico encantada com a beleza da nossa doutrina.
    Mesmo estando vivendo uma difícil caminhada,consigo ver e sentir cada dia mais o amor que Cristo tem por mim e por todos.Jamais vacilarei pois o que aprendemos com as suas catequeses, homilias e formações e mais ainda com o seu testemunho de vida humana e sacerdotal, não deixa nenhuma dúvida de que ser cristão é muito mais do que imaginamos...
    Hoje, esta liturgia fala-nos de algo tão sublime, a família de Jesus! Vendo as acusações que são feitas ao nosso Papa, fortaleço minha fé e faço novamente meu compromisso de amar e defender aqueles que verdadeiramente servem a Deus, não é fácil mas é sublime. Por isso nossa igreja se mantêm de pé, sólida e profética, pois se sustenta no tripé da PALAVRA, TRADIÇÃO E MAGISTÉRIO. O próprio Espírito Santo a conduz.
    "O vínculo que deriva de se ter o mesmo sangue é muito forte, mas aquele que resulta de se seguir o Senhor por um mesmo caminho é mais forte ainda. Não há nenhuma relação humana, por mais estreita que seja, que se assemelhe à nossa união com Jesus e com aqueles que o seguem".
    Isto é maravilhoso, muito profundo e é preciso estar no meio, vivendo esta experiencia para entender!!!
    Deus o abençoe,Padre por nos ensinar coisas tão lindas a respeito do céu!!!!! Abraços e ótima semana para ti.

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