Paróquia Santa Luzia

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11 de jul. de 2013

Ministério Público do RJ pede cancelamento de R$ 7,8 milhões que seriam repassados à JMJ Rio2013

Rio de Janeiro, 11 Jul. 13 / 02:36 pm (ACI).- Uma ação pública movida pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) pegou os organizadores da Jornada Mundial da Juventude de surpresa, quando pediu o cancelamento do repasse de R$ 7,8 milhões para a 28° edição do evento, que acontecerá entre 23 e 28 deste mês, afirmando que este é um evento privado e não deve ter incentivo governamental.
O pedido foi ajuizado na última terça-feira, 9, e em nota o Comitê Organizador Local (COL) reafirma o caráter público do evento, que não cobra a venda de ingressos, não possui fins lucrativos e tem a programação aberta a todos os cidadãos, apesar na natureza religiosa.
"A JMJ Rio 2013 será um evento realizado em parceria com o Poder Público. O Ministério Público, embora regularmente informado, insiste em ignorar que diversos pedidos para sediar a JMJ Rio 2013 foram formulados, por escrito, pelo Governo Federal (assinado pelo Presidente Luiz Inácio Lula da Silva e reiterado pela Presidente da República, Dilma Roussef), pelo Governo Estadual e pela Prefeitura do Rio de Janeiro, no sentido de que a cidade do Rio de Janeiro fosse escolhida para sediar esta versão da JMJ", explica o COL.
A licitação publicada pelo município do Rio seria para a contratação de serviços de saúde para a Jornada, e este veto pode resultar no cancelamento total ou parcial dos eventos que integram a programação, caso o Instituto Jornada Mundial da Juventude não mantenha a programação de atenção à saúde e nem preserve os contratos já estabelecidos.
A organização relembra que, por decisão da Presidência da República, a segurança do evento será conduzida pelas Forças Armadas. "Assim, verifica-se empenho do Poder Público em prover a segurança do evento. Nada mais justo do que o Poder Público prover atendimento médico aos participantes do evento, bem como a todos os que estiverem nas imediações e necessitarem de eventual atendimento médico", declara.
O COL demonstra sua preocupação com os peregrinos e o empenho para que tudo saia como planejado, “os organizadores da JMJ 2013 informam que oferecerão oportunamente resposta à inicial proposta, certos de que o Poder Judiciário decidirá a questão atendendo a todos os anseios da sociedade, e que, apesar de tais obstáculos, a JMJ Rio2013 será um sucesso”.
O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, fez um pronunciamento no Palácio da Cidade, nesta quarta-feira, durante a passagem dos símbolos da JMJ, que estão no município desde o dia 6 de julho, defendendo o apoio do Governo Municipal à Jornada. “A prefeitura vai disponibilizar todos os serviços públicos necessários para atender bem a essa multidão que aqui está. (...) A prefeitura deve executar o serviço de atendimento médico pré-hospitalar fixo e móvel nos eventos a serem realizados em Copacabana e Guaratiba", afirmou.
A organização da JMJ Rio2013 também ressalta os benefícios que o evento trará para a cidade. "É fato que a JMJ Rio2013 trará ao Município do Rio de Janeiro um público de magnitude inédita, que já está chegando à cidade, vindo de todas as partes do planeta, fato este que, incontestavelmente, promoverá mundialmente nossa cidade, trazendo literalmente milhões de turistas e incontáveis oportunidades para os cariocas e para todos os setores da economia local”. 
“Resta claro então que a JMJ Rio2013 não pode ser compreendida como um evento exclusivamente religioso e muito menos privado", destacou.

Um comentário:

  1. O Papa é um Chefe de Estado e como tal deve ser recebido, portanto o evento não pode ser considerado somente religioso. Além do que a repercussão internacional está sendo imensa o que vai gerar a entrada de recursos muitas vezes superiores ao gasto. Acho que por trás disso tudo há sim uma velada disputa religiosa.

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