Paróquia Santa Luzia

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23 de jul. de 2013

Quarta-feira da 16ª semana do Tempo Comum

Evangelho (Mt 13,1-9)

1 Naquele dia, Jesus saiu de casa e foi sentar-se às margens do mar da Galileia. 2 Uma grande multidão reuniu-se em volta dele. Por isso Jesus entrou numa barca e sentou-se, enquanto a multidão ficava de pé, na praia. 3 E disse-lhes muitas coisas em parábolas:
“O semeador saiu para semear. 4 Enquanto semeava, algumas sementes caíram à beira do caminho, e os pássaros vieram e as comeram. 5 Outras sementes caíram em terreno pedregoso, onde não havia muita terra. As sementes logo brotaram, porque a terra não era profunda. 6 Mas, quando o sol apareceu, as plantas ficaram queimadas e secaram, porque não tinham raiz.
7 Outras sementes caíram no meio dos espinhos. Os espinhos cresceram e sufocaram as plantas. 8 Outras sementes, porém, caíram em terra boa, e produziram à base de cem, de sessenta e de trinta frutos por semente. 9 Quem tem ouvidos, ouça!”



Comentário do dia Isaac, o Sírio (século VII), monge perto de Mossul. Discursos ascéticos, série 1, nº 32


«Cem por um»

Da mesma forma que todo o poder das leis e dos mandamentos que Deus deu aos homens se realiza na pureza de coração, como disseram os Padres, assim todos os modos e todas as formas pelas quais o homem reza a Deus se concretizam na oração pura. Os gemidos, as prosternações, as súplicas, as lamentações, todas as formas de que se pode revestir a oração têm na verdade como objectivo a oração pura. […] A reflexão deixa de ter algo que a sustente: nem oração, nem movimento, nem lamentação, nem poder, nem liberdade, nem súplica, nem desejo, nem prazer naquilo que espera nesta vida ou no mundo que há-de vir; depois da oração pura, já não há outra oração. […] Acima desse limite, já não é oração, é maravilhamento: a oração cessa e começa a contemplação. […]


A oração é a semente, a contemplação e a recolha dos frutos. O semeador maravilha-se ao ver o inexprimível: como é que, a partir dos pequenos grãos nus que semeou, brotam subitamente diante de si espigas florescentes? A vista da colheita tolhe-lhe os movimentos. […]


Do mesmo modo que só um homem em mil cumpre menos mal os mandamentos e as coisas da Lei e consegue atingir a pureza da alma, assim também só um em mil é digno de atingir com muita vigilância a oração pura, de atravessar o limite e de descobrir este mistério. Pois não é dado a muitos mas a poucos conhecer a oração pura.




Responsório (Sl 77)
— O Senhor deu o pão do céu, como alimento.
— E tentaram o Senhor nos corações, exigindo alimento à sua gula. Falavam contra Deus e assim diziam: “Pode o Senhor servir a mesa no deserto?”
— Ordenou, então, às nuvens lá dos céus, e as comportas das alturas fez abrir; fez chover-lhes o maná e alimentou-os, e lhes deu para comer o pão do céu.
— O homem se nutriu do pão dos anjos, e mandou-lhes alimento em abundância; fez soprar o vento leste pelos céus e fez vir, por seu poder, o vento sul.
— Fez chover carne para eles como o pó, choveram aves como areia do oceano; elas caíram sobre os seus acampamentos e pousaram ao redor de suas tendas.

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