Paróquia Santa Luzia

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17 de jun. de 2014

Quarta-feira da 11ª semana do Tempo Comum

 (Mt 6,1-6.16-18)


Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: 1“Ficai atentos para não praticar a vossa justiça na frente dos homens, só para serdes vistos por eles. Caso contrário, não recebereis a recompensa do vosso Pai que está nos céus.

2Por isso, quando deres esmola, não toques a trombeta diante de ti, como fazem os hipócritas nas sinagogas e nas ruas, para serem elogiados pelos homens. Em verdade vos digo: eles já receberam a sua recompensa.

3Ao contrário, quando deres esmola, que a tua mão esquerda não saiba o que faz a tua mão direita, 4de modo que, a tua esmola fique oculta. E o teu Pai, que vê o que está oculto, te dará recompensa.

5Quando orardes, não sejais como os hipócritas, que gostam de rezar em pé, nas sinagogas e nas esquinas das praças, para serem vistos pelos homens. Em verdade, vos digo: eles já receberam a sua recompensa.

6Ao contrário, quando tu orares, entra no teu quarto, fecha a porta, e reza ao teu Pai que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa.

16Quando jejuardes, não fi­queis com o rosto triste como os hipócritas. Eles desfiguram o rosto, para que os homens vejam que estão jejuando. Em verdade, vos digo: Eles já receberam a sua recompensa.

17Tu, porém, quando jejuares, perfuma a cabeça e lava o rosto, 18para que os homens não vejam que estás jejuando, mas somente teu Pai, que está oculto. E o teu Pai, que vê o que está escondido, te dará a recompensa”.


Comentário do dia: Beato John Henry Newman (1801-1890), presbítero, fundador do Oratório em Inglaterra. Sermão «Times of Private Prayer», PPS, t. 1, n° 19




«Tu, quando orares, entra no quarto mais secreto e, fechada a porta, reza em segredo a teu Pai»

Aqueles que buscam o Deus invisível buscam-No nos seus corações e nos seus pensamentos secretos, e não nas palavras barulhentas, como se Ele estivesse longe deles. Têm o costume de se retirar para onde não haja olhos humanos que os vejam; para onde, humildes e cheios de fé, podem encontrar Aquele que está «perto do seu caminho, junto do seu leito e vê todas as suas atitudes». E Deus, «que sonda os corações» (Rom 9,27), os recompensará no último dia. A oração feita em segredo, segundo a vontade de Deus, é conservada como um tesouro no seu Livro da Vida (Sl 68,29). Talvez essa oração tenha requerido uma resposta aqui na terra e não a teve? Talvez o próprio que a formulou se tenha esquecido dela e o mundo nunca tenha sabido da sua existência? Mas Deus recorda-a para sempre; e no último dia, quando os livros forem abertos (Dn 7,10; Ap 20,12), essa oração será revelada e recompensada diante do mundo inteiro. […]

Sabemos bem que devemos estar em oração e meditação, em certo sentido, durante todo o dia (Lc 18,1); mas […] devemos rezar de maneiras determinadas a certas horas do dia? […] Mesmo que estas horas e estas fórmulas precisas não sejam absolutamente necessárias à oração privada, constituem uma grande ajuda; ou antes, Nosso Senhor ordena-nos que as façamos quando diz: «Tu, quando orares, entra no quarto mais secreto…». Até Nosso Senhor tinha momentos privilegiados para a comunhão com Deus. Os seus pensamentos eram realmente um contínuo ofício divino oferecido a seu Pai, mas além disso lemos que Ele «Se retirava para a montanha para orar» e que «passou toda a noite a orar a Deus» (Mt 14,23; Lc 6,12).

É preciso insistir neste dever de respeitar momentos precisos para a oração pessoal e privada, porque no meio das preocupações e das tensões da vida temos muitas vezes tendência para negligenciá-la, e este dever é bem mais importante do que habitualmente o consideram mesmo aqueles que o cumprem.


Responsório (Sl 30)

— Fortalecei os corações, vós que ao Senhor vos confiais!

— Como é grande, ó Senhor, vossa bondade, reservastes para aqueles que vos temem! Para aqueles que em vós se refugiam, mostrando, assim, o vosso amor perante os homens.

— Na proteção de vossa face os defendeis bem longe das intrigas dos mortais. No interior de vossa tenda os escondeis, protegendo-os contra as línguas maldizentes.

— Amai o Senhor Deus, seus santos todos, ele guarda com carinho seus fiéis, mas pune os orgulhosos com rigor.

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