Iniciamos...: Em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo. Amem.
Ave Maria, cheia de graças...
CAPÍTULO III « PARA MIM, O VIVER É CRISTO »
O “Glória”
34. A doxologia trinitária é a
meta da contemplação cristã. De fato, Cristo é o caminho que nos conduz ao Pai
no Espírito. Se percorrermos em profundidade este caminho, achamo-nos continuamente
na presença do mistério das três Pessoas divinas para As louvar, adorar,
agradecer. É importante que o Glória, apogeu da contemplação, seja posto em
grande evidência no Rosário. Na recitação pública, poder-se-ia cantar para dar
a devida ênfase a esta perspectiva estrutural e qualificadora de toda a oração
cristã.
Na medida em que a meditação do
mistério tiver sido – de Ave Maria em Ave Maria – atenta, profunda, animada pelo
amor de Cristo e por Maria, a glorificação trinitária de cada dezena, em vez de
reduzir-se a uma rápida conclusão, adquirirá o seu justo tom contemplativo,
quase elevando o espírito à altura do Paraíso e fazendo-nos reviver de certo
modo a experiência do Tabor, antecipação da contemplação futura: « Que bom é
estarmos aqui! » (Lc 9, 33).
A jaculatória final
35. Na prática corrente do
Rosário, depois da doxologia trinitária diz-se uma jaculatória, que varia
segundo os costumes. Sem diminuir em nada o valor de tais invocações, parece
oportuno assinalar que a contemplação dos mistérios poderá manifestar melhor
toda a sua fecundidade, se se tiver o cuidado de terminar cada um dos mistérios
com uma oração para obter os frutos específicos da meditação desse mistério.
Deste modo, o Rosário poderá exprimir com maior eficácia a sua ligação com a
vida cristã. Isto mesmo no-lo sugere uma bela oração litúrgica, que nos convida
a pedir para, através da meditação dos mistérios do Rosário, chegarmos a «
imitar o que contêm e alcançar o que prometem ».
Uma tal oração conclusiva poderá
gozar, como acontece já, de uma legítima variedade na sua inspiração. Assim, o
Rosário adquirirá uma fisionomia mais adaptada às diferentes tradições
espirituais e às várias comunidades cristãs. Nesta perspectiva, é desejável que
haja uma divulgação, com o devido discernimento pastoral, das propostas mais
significativas, talvez experimentadas em centros e santuários marianos
particularmente sensíveis à prática do Rosário, para que o Povo de Deus possa
valer-se de toda a verdadeira riqueza espiritual, tirando dela alimento para a
sua contemplação.
Próximo tema: O terço
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