Jesus manifestou-se aos seus discípulos 15e, depois de comerem, perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse: “Apascenta os meus cordeiros”.
16E disse de novo a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro disse: “Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas”. 17Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque Jesus perguntou três vezes se ele o amava. Respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que eu te amo”. Jesus disse-lhe: “Apascenta as minhas ovelhas. 18Em verdade, em verdade te digo: quando eras jovem, tu te cingias e ias para onde querias. Quando fores velho, estenderás as mãos e outro te cingirá e te levará para onde não queres ir”. 19Jesus disse isso, significando com que morte Pedro iria glorificar a Deus. E acrescentou: “Segue-me”.
Comentário ao Evangelho do dia feito por São João Crisóstomo (c. 345-407), presbítero de Antioquia, bispo de Constantinopla, doutor da Igreja.
2ª Homília sobre a inscrição do livro dos Actos dos Apóstolos
«Amas-Me? [...] Apascenta as Minhas ovelhas»
Imitemos a conduta dos apóstolos e não lhes seremos inferiores em nada. Com efeito não foram os seus milagres que os fizeram apóstolos, foi a santidade das suas vidas. É nisso que se reconhece um discípulo de Cristo. Essa marca foi-nos dada claramente pelo Senhor: quando quis traçar o retrato dos Seus discípulos e revelar o sinal que distinguiria os Seus apóstolos, disse: «Por isto é que todos conhecerão que sois Meus discípulos.» Que sinal é esse? Fazer milagres? Ressuscitar os mortos? De forma nenhuma. Então qual? Todos os homens «conhecerão que sois Meus discípulos: se vos amardes uns aos outros» (Jo 13,35).
O amor não é um milagre, mas uma obra: «É no amor que está o pleno cumprimento da lei» (Rm 13,10). [...] Tende, pois, amor em vós e estareis entre os apóstolos, mesmo na primeira fila. Quereis outra prova deste ensinamento? Vede como Cristo Se dirige a Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Não há nada que mais nos faça alcançar o Reino dos céus do que amar Cristo como Ele merece. [...] Que faremos para O amar mais do que os apóstolos? [...] Escutemos Cristo, esse mesmo Cristo que devemos amar: Se Me amas mais que estes, «apascenta as minhas ovelhas». [...] O zelo a compaixão, os cuidados, são actos e não são milagres.
O amor não é um milagre, mas uma obra: «É no amor que está o pleno cumprimento da lei» (Rm 13,10). [...] Tende, pois, amor em vós e estareis entre os apóstolos, mesmo na primeira fila. Quereis outra prova deste ensinamento? Vede como Cristo Se dirige a Pedro: «Simão, filho de João, tu amas-Me mais do que estes?» Não há nada que mais nos faça alcançar o Reino dos céus do que amar Cristo como Ele merece. [...] Que faremos para O amar mais do que os apóstolos? [...] Escutemos Cristo, esse mesmo Cristo que devemos amar: Se Me amas mais que estes, «apascenta as minhas ovelhas». [...] O zelo a compaixão, os cuidados, são actos e não são milagres.
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