Paróquia Santa Luzia

Paróquia Santa Luzia
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2 de out. de 2013

3 de setembro celebramos...

S. Francisco de Borja, presbítero, +1572

Pertencia a uma das famílias mais nobres da Espanha. Era duque de Gandia e exerceu as elevadas funções de vice-rei da Catalunha. Em certa ocasião foi incumbido de acompanhar o transporte do cadáver da imperatriz Isabel, que falecera em Toledo, até Granada, onde seria sepultada. O transporte foi lento e durou 15 dias. No momento de sepultar a imperatriz, o protocolo exigia que fosse aberto o caixão para ser reconhecido o cadáver. Aquela que fora admirada em toda a Cristandade por sua beleza deslumbrante tinha o seu corpo num estado avançado de decomposição. Tocado pela graça a propósito daquela cena chocante, Francisco compreendeu a vaidade de toda a glória mundana, e decidiu que se algum dia enviuvasse, se consagraria inteiramente a Deus. De facto, assim aconteceu: enviuvou aos 40 anos de idade, renunciou a todos os seus títulos e bens e ingressou na Companhia de Jesus como filho espiritual de Santo Inácio de Loyola, chegando a ser superior geral daquela família religiosa.

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Santa Maria Josefa Rossello, religiosa, +1880


Maria Josefa de Rossello, cujo o nome de baptismo era Benedita (Benedetta), nasceu em Albissola Mariana, Savona, no dia 27 de maio do ano 1811, a quarta filha de um humilde fabricante de vasilhas, aprendeu logo a modelar a argila na oficina paterna, deixando-se ao mesmo tempo modelar pela graça. Tendo trabalhado também numa casa de família, assistindo o senhor Monleone que se encontrava enfermo, onde passou sete anos naquela rica casa, com o coração em Deus. Foi convidada após a morte do patrão pela viúva para permanecer naquela casa não mais como empregada, mas como filha adoptiva, já que o casal não tinha filhos. Como o seu desejo era apenas o de ingressar numa congregação religiosa e consagrar-se a Deus, recusou a proposta.


"Coração para Deus, mãos para o trabalho" , era a exortação que Maria Josefa de Rossello repetia com frequência às Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia. Esse lema foi também o seu programa de vida, que atuou com generosa dedicação a Deus e ao próximo. No dia 10 de agosto de 1837, Benedita e suas companheiras , sub a orientação do Bispo Agostinho de Mari, davam início à fundação do novo instituto em modesta casa alugada chamada Congregação das Filhas de Nossa Senhora da Misericórdia. Aos 22 de Outubro do mesmo ano vestiam o hábito religioso e Benedita assumia o nome de Irmã Maria Josefa. Em 1840 a pequena congregação conta com sete irmãs professas e quatro noviças. A Irmã Maria Josefa, eleita superiora, teve de guiar sozinha a congregação, porque no mesmo ano o Bispo de Mari morreu. Conduziu a bom termo várias iniciativas, incluindo a corajosa obra de resgate dos escravos africanos, dando asilo a numerosas meninas de cor; provindas de uma humilhante escravidão. Com sua confiança na Providência, ergueu várias casas (todas dedicadas à Providência ) para aí acolher as meninas pobres. No ano de 1860, abriu o Pequeno Seminário para meninos, filhos de operários pobres, encaminhado-os gratuitamente à carreira eclesiástica.


Santa Maria Josefa Rossello, morreu aos 69 anos no dia 7 de dezembro do ano 1880, na casa-mãe, em Savona. No dia 12 de Junho de 1949, o Papa Pio XII canonizou-a tendo o seu nome sido incluído no catálogo dos santos. 

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Santos Veríssimo, Máxima e Júlia, mártires, +303



Testemunho de uma cristandade, de que pouco se conhece, o culto dos mártires Veríssimo, Máxima e Júlia, surge envolto em nebulosa, que apenas permite com rigor atentar na perenidade de uma memória cultivada em Lisboa, muito embora se estenda por outras zonas, como Coimbra, Braga e Porto. Na Diocese do Porto, têm S. Veríssimo como padroeiro as paróquias de Paranhos, Valbom, Nevolgilde, Lagares (Felgueiras) e São Veríssimo, de Amarante.
Uma das referências mais antigas referentes aos mártires de Lisboa surge no Martyrologium de Usuardo que, em 858, percorre diversas cidades hispânicas em busca de relíquias. Os testemunhos litúrgicos multiplicam-se ao longo dos séculos X e XI, sendo convergentes, ao consignarem o dia 1 de Outubro para memória dos três irmãos. O Padre Miguel de Oliveira sustenta a opinião de que "os santos mártires de Lisboa já estavam inscritos nos calendários uns 200 anos depois do seu martírio". Devoção guardada no seio da comunidade moçárabe, o seu eco chega a Osberno, que, na relação da conquista de Lisboa, nos dá conta das ruínas do santuário que lhes estava devotado.

O percurso da vida destes mártires, impossível de averiguar com rigor, aparece descrito num códice quatrocentista da Biblioteca Pública de Évora, (cód. CV/1-23d). Segundo a "Legenda", os irmãos lisboneses, Veríssimo, Máxima e Júlia, durante a perseguição de Dioclesiano (imperador romano de 284 a 305 d. C.), apresentaram-se espontaneamente ao executor dos éditos imperiais, confessando a fé cristã. Tentou ele dissuadi-los, com promessas e ameaças e, como nada conseguisse, mandou-os prender. Vitoriosos da prova do cárcere, aplicou-lhes o juiz vários tormentos: açoites, ecúleo, unhas de ferro, lâminas em brasa. Como ainda resistissem, mandou arrastá-los pelas ruas da cidade e, por fim, degolar. Assim alcançaram a palma do martírio a 1 de Outubro de 303 ou 304.

Não contente com o que lhes fizera em vida, perseguiu-os o juiz depois de mortos, ordenando que os cadáveres ficassem insepultos, para servirem de pasto aos cães e às aves. Como as feras os respeitassem, mandou então que os lançassem ao mar com pesadas pedras. Ainda os barqueiros não tinham regressado à praia e já os santos despojos lá se encontravam. Recolheram-nos piedosamente os cristãos e sepultaram-nos no lugar onde depois se erigiu uma Igreja que ainda por memória se chama "dos santos" (paroquial de Santo-o Velho, em Lisboa).

Em 1529, a comendadeira D. Ana de Mendonça, mandou colocar as relíquias em cofre de prata, ao lado direito do altar mor, com o epitáfio seguinte: "Sepultura dos santtos martyres S. Verissimo, Santa Maxima & Iulia, filhos de hum senador de Roma, vindos a esta cidade a receber martyrio, por revelação do Anjo. Iazem nesta sepultura os seos santos corpos, os quaes há 1350 annos que padecerão & forão trasladados a esta casa onde jazem".

Quanto à naturalidade, nada se costuma afirmar com certeza. Só em época muito recente os hagiólogos os fizeram filhos de um senador romano e os imaginaram em Roma, em colóquio com um anjo que os mandou a Lisboa para confessarem a fé. Esta lenda refletiu-se na iconografia: os três mártires são apresentados em traje e hábito de romeiros, com bordões compridos nas mãos, como pode ver-se num belo conjunto de três imagens, do séc. XVII, expostas ao culto na Igreja do extinto Mosteiro de Santos-o-Novo, em Lisboa, que guarda parte das relíquias dos mártires.


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Beatos André de Soveral, Ambrósio Francisco Ferro, presbíteros, e Mateus Moreira, mártires, +1645


Mártires do Rio Grande do Norte

No dia 16 de julho de 1645, os holandeses que ocupavam o nordeste do Brasil, chegaram a Cunhaú, no Rio Grande do Norte, onde residiam vários colonos ao redor do Engenho, ocupados no plantio da cana-de-açúcar. Era um domingo. Na hora da missa, 69 pessoas se reuniram na capela de Nossa Senhora das Candeias. A capela foi cercada e invadida por soldados e índios que trucidaram a todos que aí estavam, inclusive o Pároco Pe. André de Soveral que celebrava a missa. Não opuseram resistência aos agressores e entregaram piedosamente suas almas ao Criador.


Aterrorizados com o acontecimento de Cunhaú, muitos moradores de Natal pediram asilo no Forte dos Reis Magos ou se refugiaram em abrigos improvisados. No dia 3 de outubro, foram levados para as margens do Rio Uruaçu, onde os aguardavam índios e soldados holandeses armados. Eram cerca de 80 pessoas. Os holandeses, de religião calvinista, trouxeram um pastor protestante para demovê-los de sua fé católica. Todos resistiram a esta tentativa e foram barbaramente sacrificados. Entre eles estava Mateus Moreira que, ao lhe ser arrancado o coração pelas costas, morreu exclamando: "Louvado seja o Santíssimo Sacramento".

(FONTE: EVANGELHO Quotidiano)

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