Paróquia Santa Luzia

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3 de abr. de 2013

5ª-FEIRA NA OITAVA DA PÁSCOA

Lucas 24,35-48
Naquele tempo, 35os discípulos contaram o que tinha acontecido no caminho, e como tinham reconhecido Jesus ao partir o pão. 36Ainda estavam falando, quando o próprio Jesus apareceu no meio deles e lhes disse: “A paz esteja convosco!”
37Eles ficaram assustados e cheios de medo, pensando que estavam vendo um fantasma.38Mas Jesus disse: “Por que estais preocupados, e por que tendes dúvidas no coração?39Vede minhas mãos e meus pés: sou eu mesmo! Tocai em mim e vede! Um fantasma não tem carne, nem ossos, como estais vendo que eu tenho”.
40E dizendo isso, Jesus mostrou-lhes as mãos e os pés. 41Mas eles ainda não podiam acreditar, porque estavam muito alegres e surpresos. Então Jesus disse: “Tendes aqui alguma coisa para comer?” 42Deram-lhe um pedaço de peixe assado. 43Ele o tomou e comeu diante deles. 44Depois disse-lhes: “São estas as coisas que vos falei quando ainda estava con­vosco: era preciso que se cumprisse tudo o que está escrito sobre mim na Lei de Moisés, nos Profetas e nos Salmos”. 
45Então Jesus abriu a inteligência dos discípulos para entenderem as Escrituras, 46e lhes disse: “Assim está escrito: o Cristo sofrerá e ressuscitará dos mortos ao terceiro dia 47e no seu nome, serão anunciados a conversão e o perdão dos pecados a todas as nações, começando por Jerusalém. 48Vós sereis testemunhas de tudo isso”. 




Comentário ao Evangelho do dia feito por Paulo VI (1897-1978), papa de 1963 a 1978. 
Audiência Geral de 9 de Abril de 1975
«A paz esteja convosco!»

Fixemos agora a nossa atenção na saudação imprevista de Jesus ressuscitado aos Seus discípulos recolhidos à porta fechada no Cenáculo com medo dos judeus (Jo 20,19), saudação repetida por três vezes no mesmo contexto evangélico e que, à época, devia ser uma saudação habitual, mas que, proferida nas circunstâncias mencionadas, se reveste de uma extraordinária plenitude. Por certo vos lembrais dela: «A paz esteja convosco!», na qual ressoa o canto angélico do Natal: «paz na terra» (Lc 2,14). Trata-se de uma saudação bíblica, pré-anunciada como promessa efectiva do reino messiânico (Jo 14,27), mas agora comunicada como uma realidade declarada a esse primeiro núcleo da Igreja nascente: a paz, a paz de Cristo, saído vitorioso da morte e das causas, quer imediatas, quer afastadas, dos tremendos e desconhecidos efeitos que ela encerra.


Jesus Ressuscitado anuncia, assim, a paz e infunde-a ao desconcertado ânimo dos discípulos [...], a paz do Senhor, entendida no seu significado primordial, tanto pessoal quanto interior, tanto moral quanto psicológico, inseparável da felicidade, que São Paulo enumera na sua lista dos frutos do Espírito Santo logo após a caridade e a alegria, quase se confundindo com elas (Gl 5,22). Esta feliz fusão não é estranha à nossa experiência espiritual comum; é até a melhor resposta à interrogação sobre o estado da nossa consciência, quando somos capazes de dizer «a minha consciência está em paz». O que haverá de mais precioso para o homem honesto na sua consciência? [...]


A paz da consciência é, assim, a melhor e a mais autêntica felicidade, que nos ajuda a sermos fortes nas adversidades, nos resguarda a nobreza e a liberdade nas piores condições, e é para todos a tábua de salvação, porque é esperança [...] quando o desespero tende a levar a melhor. [...] O incomparável dom da paz interior é, assim, o primeiro dom de Cristo Ressuscitado aos Seus, dom de Quem havia imediatamente instituído [...] o sacramento que dá a paz, o sacramento do perdão, desse perdão que ressuscita (Jo 20,23).



SALMO 8

— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo!

— Ó Senhor, nosso Deus, como é grande vosso nome por todo o universo! Perguntamos: “Senhor, que é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho?”
— Pouco abaixo de Deus o fizestes, coroando-o de glória e esplendor; vós lhe destes poder sobre tudo, vossas obras aos pés lhe pusestes: 
— As ovelhas, os bois, os rebanhos, todo o gado e as feras da mata; passarinhos e peixes dos mares, todo ser que se move nas águas.

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